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Tá faltando quimio
Depois de ter feito a terceira quimioterapia "vermelha", fiquei um pouco aliviada. Agora viriam 3 ciclos da "branca" e pelo menos os sintomas seriam outros. Não vou mentir aqui e dizer que passou rápido. Demorou tanto que cada dia parecia interminável. Mas finalmente estava em outra etapa. Chega de enjoos e mal estar, agora teria que encarar dores no corpo e falta do paladar (teria dificuldade em sentir sabores). Ao chegar no hospital passamos pela tradicional consulta antes, para ver o resultado dos meus exames e verificar minha imunidade. Tudo estava normal, então fui encaminhada para a sala de espera da quimio, já que precisava esperar a manipulação do remédio pela farmácia. Percebi que estava demorando mais do que o normal. O que teria acontecido? Minha mãe, o Caio e eu estávamos ficando impacientes e preocupados. Tomei coragem e entrei na sala, vi alguns pacientes em suas poltronas recebendo o medicamento e em seguida me dirigi à mesa da enfermeira chefe. Enquanto ela LEIA MAIS [...] -
Direto ao Ponto
Uma comunicação clara é fundamental para qualquer tipo de relação: de família, casal, amizade, sociedade e profissional. E, claro, vale também para a relação médico e paciente e todo o processo, em nosso caso, do enfrentamento do câncer. Aliás, uma frase que frequentemente uso no trabalho e aprendi de um professor na faculdade é que "Comunicação não é o que você diz; é o que os outros entendem." Destaco aqui 2 momentos que esse tópico foi super importante: 1 - ao saber da notícia (timing) O Doutor Jorge (citado nesse último post) foi quem estava acompanhando os primeiros passos do tratamento e ficou incumbido de nos dar a notícia. Porém, de forma muito sábia e carinhosa, o fez somente na segunda-feira, mesmo sabendo do resultado em uma sexta. Ele nos disse que de nada adiantaria dar a notícia no dia que soube, visto que não iríamos poder tomar nenhuma providência sábado e domingo, além de dar margem para especulações, possíveis informações vindo LEIA MAIS [...] -
Amor de mãe por Patricia Rojas
Olá, sou Patricia, mãe da Linda e gostaria de contar sob a ótica de uma mãe como foi viver tudo isto. Meus dois filhos e eu sempre fomos uma equipe, sempre juntos, unidos e muito felizes. Dos dois a Linda sempre foi a mais equilibrada, responsável e madura. Digo isto em todos os sentidos. No colégio, em casa, junto ao seu irmão e comigo, sua postura sempre chamou a atenção. Naquela época ela namorava o Caio há 3 anos e a cada dia o namoro melhorava e sabia que ela estava muito feliz. Quando chegaram da viagem de Paris e, finalmente começamos a bateria de exames, sentia uma angústia e um pouco de incerteza, mas me tranquilizei um pouco quando pensamos ser um fibroadenoma. Quando o doutor Jorge nos deu o diagnóstico e ali, naquela sala soubemos da notícia, senti muito pânico, terror e desespero. Passei a clamar todos os dias, pois a oração de uma mãe tem muito poder e no fundo, no fundo sabia que seríamos ajudadas. Se eu pudesse transferir tudo isso o que estava acontecendo LEIA MAIS [...]