• Linda Rojas

    A patologia do mundo 🌎

    Viver o câncer é ter flashs de lembranças em sua mente vez ou outra. São memórias duras desse passado, que muitas vezes me direcionam no presente. Aliás, como deixamos de viver o presente, não é mesmo? Estamos sempre pensando lá na frente e o agora se dilui entre nossos dedos. Assim como uma grande imersão que foi uma doença para mim, agora o mundo se encontra imerso pra tratar sua patologia. Viver o hoje está dentro deste grande desafio global, estamos sendo ensinados a compreender que é um dia de cada vez. Nada pode ter mais emergência do que o agora e a negligência com o presente está sendo prontamente corrigida por um vírus desconhecido que nos obrigou a estarmos dentro de nossas casas. Mais do que isso, nos fez voltar para dentro de nós mesmos. Ganhamos mais atenção, do único indivíduo capaz de adentrar nesse campo esquecido: você! Você e sua alma agora! Como lidar com esse tanto de espaço vazio que estava preenchido com uma peça que não LEIA MAIS [...]
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  • Caio Barreto

    Direto ao Ponto

    Uma comunicação clara é fundamental para qualquer tipo de relação: de família, casal, amizade, sociedade e profissional. E, claro, vale também para a relação médico e paciente e todo o processo, em nosso caso, do enfrentamento do câncer. Aliás, uma frase que frequentemente uso no trabalho e aprendi de um professor na faculdade é que "Comunicação não é o que você diz; é o que os outros entendem." Destaco aqui 2 momentos que esse tópico foi super importante: 1 - ao saber da notícia (timing) O Doutor Jorge (citado nesse último post) foi quem estava acompanhando os primeiros passos do tratamento e ficou incumbido de nos dar a notícia. Porém, de forma muito sábia e carinhosa, o fez somente na segunda-feira, mesmo sabendo do resultado em uma sexta. Ele nos disse que de nada adiantaria dar a notícia no dia que soube, visto que não iríamos poder tomar nenhuma providência sábado e domingo, além de dar margem para especulações, possíveis informações vindo LEIA MAIS [...]
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  • Linda Rojas

    Na dúvida? Pergunte!

    Após as cirurgias, começamos a nos preparar para o tratamento e já estava sendo acompanhada por duas especialidades, a mastologia e oncologia. O médico disse que consistiria em 6 sessões de quimioterapia com intervalos de 21 em 21 dias cada. Seriam 3 "vermelhas" e 3 "brancas". Não sei suas composições nem seus nomes técnicos, as chamo assim em referência às suas cores, claro, mas também porque fazia parte do nosso dialeto na sala de enfermagem. Após 4 meses desse primeiro procedimento daria um intervalo e logo 28 dias seguidos (menos final de semana) com sessões de radioterapia. Estávamos na sala com o médico minha mãe, o Caio e meu irmão que havia vindo às pressas do Chile para nos prestar apoio e amor. Era o que precisávamos. Lembro do oncologista nos dando as últimas informações e o Caio, como sempre fazia nas consultas, tirava seu caderninho da mochila e anotava tudo. Nós fazíamos muitas perguntas e não nos permitíamos sair dali com nenhuma dúvida. Como LEIA MAIS [...]
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