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Tenha estilo sempre!
Passar pelo tratamento mudou muito coisa em mim. Além da visão de vida, da rotina diferente, das muitas lembranças, pude também desapegar de um visual adotado há muitos anos. Sempre tive o cabelo muito preto, com o mesmo penteado, corte e comprimento. Quando passei pela primeiro quimio, logo cortei as madeixas num estilo chanel e adorei o look, pois me rejuvenesceu e achei muito mais leve. Então eles caíram e para uma mulher se ver de cabelo raspado ou sem cabelo não é muito comum. Pude me olhar no espelho, reparar nas feições do meu rosto e em como ficaram em evidência. Meus olhos, já muito expressivos, passaram a ter maior destaque e a pele mais corada do que nunca me dava, ironicamente, um ar saudável. Poder sentir a água durante o banho caindo diretamente no couro cabeludo era a melhor parte. Ah! Não posso deixar de comentar que não ter pêlos em nenhum lugar do corpo, nenhum mesmo, não me fez sentir saudades da depilação, tão dolorosa para nós mulheres. Poder LEIA MAIS [...] -
Domando os Fios
Gente, melhor coisa é poder escolher este título do texto de hoje. Coisa boa ter fios, ainda que tenham que ser domados. Cuidar dos cabelos é maravilhoso, pois são a moldura do nosso rosto. A moldura sempre destaca a obra principal, então é muito importante escolher o modelo e estilo. Nós, pacientes oncológicas que passamos pela quimioterapia, fomos desafiadas e expomos nossa arte nua e crua e quando a moldura começa a aparecer, não temos muita escolha. O lance agora é ter criatividade e se adaptar. Passamos por diversas fases: filhote de avestruz, estilo raspadinho, espetado, ondulado e finalmente o cheinho com ondas. Fase que ele cresce pra cima, pois não tem peso pra descer. Não tem corte e alguns fios estão maiores que outros. O importante disso tudo é a gente se curtir e gostar do nosso rosto. Nossa auto estima sendo “regada” com carinho ajuda a improvisar e moldar o novo cabelo que está vindo. E como ele vem!! Cresce rápido, LEIA MAIS [...] -
Amor de mãe por Patricia Rojas
Olá, sou Patricia, mãe da Linda e gostaria de contar sob a ótica de uma mãe como foi viver tudo isto. Meus dois filhos e eu sempre fomos uma equipe, sempre juntos, unidos e muito felizes. Dos dois a Linda sempre foi a mais equilibrada, responsável e madura. Digo isto em todos os sentidos. No colégio, em casa, junto ao seu irmão e comigo, sua postura sempre chamou a atenção. Naquela época ela namorava o Caio há 3 anos e a cada dia o namoro melhorava e sabia que ela estava muito feliz. Quando chegaram da viagem de Paris e, finalmente começamos a bateria de exames, sentia uma angústia e um pouco de incerteza, mas me tranquilizei um pouco quando pensamos ser um fibroadenoma. Quando o doutor Jorge nos deu o diagnóstico e ali, naquela sala soubemos da notícia, senti muito pânico, terror e desespero. Passei a clamar todos os dias, pois a oração de uma mãe tem muito poder e no fundo, no fundo sabia que seríamos ajudadas. Se eu pudesse transferir tudo isso o que estava acontecendo LEIA MAIS [...]