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Enfrentando medos
Nunca gostei de hospital. Desde pequeno. Ok, acredito ser um ambiente que muitos possam ter algum tipo de desconforto, mas no meu caso isso passava para a questão física também. Pressão baixa, sensação de fraqueza era alguns dos sintomas que, muitas vezes, me acometiam estando ali. Só para ilustrar, uma vez fui com minha mãe acompanhar minha irmã que ia fazer um pequeno procedimento. Algum tempo depois, já via que estava pálido, fui beber água e fiquei sentado (quase deitado) na cadeira até passar ou sair dali. Ou seja, mais atrapalhava do que ajudava. Essa situação aconteceu há muito tempo, eu era bem menor, mas ainda assim o quadro não era tão melhor. Até a suspeita da Linda e os primeiros procedimentos. Ali, via que a mulher que amava estava em uma situação que poderia ser muito séria e depois se confirmou. Então, completamente focado na cura e ciente da responsabilidade que teria diante disso, convivi e diria que superei essa questão. Não sou psicólogo e LEIA MAIS [...] -
Energia boa
Tava aqui lembrando na correria que foi outubro. Correria boa! Impressionante como as pessoas tem capacidade de passar energia às outras, sejam elas boas ou ruins. Foi cada troca gostosa que recebemos, por um abraço, por uma mensagem, por algumas palavra. Fomos tocados também. Além disso, nossos familiares e amigos sempre falam do nosso projeto. Basta encontrar alguém que logo citam "Uma Linda Janela". O assunto, muitas vezes, é pauta de muitos encontros, saída, jantares... Acabam dando ideias, apontando as coisas boas e mostrando alguns pontos para melhorar. Isso é incrível! O blog tem um toque especial de muitos de vocês e de repente vocês nem sabem. Acho engraçado que agora tá tudo exposto e muitas vezes perco a noção disso. Na faculdade por exemplo, alguns alunos que fazem alguma matéria comigo, mas não temos muito contato, perguntam para os meus colegas mais próximos, querendo confirmar se eu já tive mesmo câncer, rs. Sempre falamos sobre isso, mesmo naquela LEIA MAIS [...] -
Vejo um sorriso no céu :)
Chegando no hospital passei pelo médico que checou os exames de imunidade. Tudo certo! Vamos para minha segunda quimio vermelha O líquido começou a fazer seu caminho no meu corpo e eu pude ler algumas páginas do livro que havia levado. Fiquei com vontade de ir ao banheiro, o que é normal pela mistura do medicamento com o soro. A coloração da urina era um pouco avermelhada, mas já estava familiarizada. Voltei a minha poltrona e decidi ouvir um pouco de música. Fechei os olhos e me permiti relaxar. Alguns pensamentos começaram a vir e logo me perguntei pela Fran, minha amiga do sorriso largo, que tinha conhecido no quarto antes da cirurgia. Teoricamente estaríamos fazendo a mesma sequência e era para nos encontrarmos, assim como na primeira dose. Interrompi a música e liguei para a Letícia, sua irmã que me informou que ela não teria reagido muito bem e estava internada no oitavo andar. Desliguei! Minha vontade foi de tirar o acesso da minha veia subir para ver minha amiga. LEIA MAIS [...]