• Linda Rojas

    Um ato de desespero

    Quando passei pelo segundo tratamento e voltei da primeira quimio, estava super na expectativa dela ter sintomas mais brandos do que em 2012. Apesar de fazer protocolos com quimios vermelhas e brancas de novo, a medicação deveria ser diferente. Nada podia ser repetido. Isso ocorre pelo fato que de alguma forma o tratamento anterior só deu resultado até certo ponto, nos primeiros 5 anos, senão a doença não teria voltado. Então agora era tudo diferente, parecia igual, mas era diferente. Mas o que realmente interessa era que voltei pra casa e nitidamente estava mais cinza e fraca, porém nada de ânsias de vomito ainda. Isso devia ser comemorado, significava que de alguma forma não sofreria o martírio da vez passada. No segundo dia, ainda fraca, quis fazer uma surpresa para o Caio. Coloquei um hobby de renda branco, lindo e sexy, e fui procurar ele, ainda durante o dia. Comecei a provocá-lo, mas no fundo me sentia péssima e doente. Ele de imediato respondeu às minhas LEIA MAIS [...]
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  • Linda Rojas

    A cura não apaga o passado…

    Estar bem, com saúde, livre do câncer, não quer dizer que sua vida “continua normalmente”. Na verdade, nada mais é “normal”. Aliás, a gente não quer que mais nada seja “normal”. Começamos a querer que tudo, absolutamente TUDO, faça algum sentido e você inicia uma empreitada de vida querendo dar sentido a tudo que forma a sua existência. É como se junto àquelas gotinhas de quimio, viesse um elixir que te deixa motivado a ir em busca de coisas completas ou que pelo menos sejam completas para você. Geralmente conseguimos, mas esse novo modelo de vida, não deixa atrás tudo o que passamos. Por mais que o caminho e a vida sejam outras, em muitos instantes você vai ter a sensação de ter tido um “déjà vu”, um flash, uma recordação ou seja lá como você quiser chamar. Se trata de, por exemplo, fazer aniversário esta semana e estar completamente feliz, porém em momentos inimagináveis, vir aquela lembrança dos diagnósticos, já que por coincidência LEIA MAIS [...]
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  • Linda Rojas

    Depois!

    Depois que tudo acaba, tudo não acaba. O meu tratamento chegou ao fim há algumas semanas, como vocês sabem. Nunca experimentei algo tão libertador quanto esse momento. Os dias passam e não preciso ficar contando quantos dias faltam para a próximo exame de sangue, para a próxima quimio, para o próximo mal estar. Realmente poder viver com essa etapa concluída dá uma leveza enorme, mas isso não significa que podemos perder o foco na saúde, principalmente na emocional, ainda mais nos primeiros meses. Tudo acabou, mas as lembranças estão muito frescas para todos, não só para o paciente. Inclusive, algumas pessoas só conseguem desabar depois que tudo (teoricamente) termina. Como disse, alem disto poder acontecer com você mesmo, pode ser com alguém ao seu lado, que te acompanhou direta ou indiretamente neste processo. Então, gente linda do meu coração, ainda é preciso ficar atento. Continuar cuidando da nossa alma, do nosso espírito e ir se reciclando a cada dia. LEIA MAIS [...]
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