• Linda Rojas

    Quimioterapia – Parte I

    Quando o dia da primeira quimio chegou, estava confiante e leve. Na verdade, não fazia ideia do que estava por vir. Enquanto me arrumava me olhei no espelho e percebi uma nota de saudades no meu olhar, pelo meu irmão que havia ido embora no dia anterior. Ele tinha vindo ao Brasil assim que soube do meu diagnóstico e sua volta já estava agendada, quando o médico nos avisou da data do início do tratamento, quase não acreditamos que por um dia ele não estaria. Chegando no hospital fui para o andar da oncologia, pois a partir daquele momento seria acompanhado por duas especialidades, a onco e a mastologia. Passei por uma consulta breve onde verificaram o resultado do meu exame de sangue e logo me encaminharam para uma sala de espera pequena, onde aguardaria a manipulação do meu remédio pela farmácia.  Quando vi enfermeiros entrando e carregando algumas garrafas de soro e outras com um líquido vermelho, suspeitei que seria a minha cura. Logo chamaram pelo meu nome e LEIA MAIS [...]
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  • Caio Barreto

    Espírito Olímpico

    As Olimpíadas do Rio já acabaram. Agora estamos tendo o privilégio de ver os atletas, ou melhor, os super heróis das Paralimpíadas dando seu show. Trata-se do maior evento esportivo do mundo, exige uma preparação muito grande por parte da cidade, dos atletas, além de movimentar fornecedores e um verdadeiro exército em prol da operação do evento. Os Jogos Rio 2016 são grandes, tanto quanto a humanidade. Ali competem atletas de todas as mais de 200 nacionalidades, de diferentes biotipos e habilidades, que trazem suas diferentes culturas e histórias, disputando modalidades completamente distintas. É o resumo da pluralidade e capacidade do ser humano. Por tudo isso e com sua cobertura global, as Olimpíadas geram também uma enorme quantidade de histórias marcantes e aprendizados. Escolho uma delas para compartilhar aqui e, caso já a conheçam, convido à recordação. Trata-se da história de Mohamed Muktar, conhecido como Mo Farah, na disputa da prova de 10000m no atletismo. LEIA MAIS [...]
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  • Linda Rojas

    Pai

    As antigas definições de família não dão conta da diversidade contemporânea. Os conceitos mudaram e eu, como muitos, tenho pais separados desde os 8 anos.  Até essa idade meu pai sempre foi muito presente, constante e mantendo a figura de homem da casa que nos enchia de mimos, amor e sustento.  Quando tudo mudou, minha mãe nos levou (meu irmão e eu), para o Chile, onde estava a maior parte de sua família e onde seríamos acolhidos e minha mãe amparada.  O contato com meu pai passou a acontecer de forma mais espaçada e geralmente via telefone. O reencontro aconteceu bem depois e, finalmente há quinze anos, quando viemos morar no Rio de Janeiro, pudemos estar mais próximos e hoje moramos pertinho.  Sei que nesses casos muitos prefeririam que seus pais nunca tivessem se separados e que num mundo ideal gostariam de ter a família perfeita. Claro, se pudesse, eliminaria todo o processo de sofrimento que passamos, inclusive o dele. Mas acredito que o amor foi construído LEIA MAIS [...]
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