Caio Barreto

Espírito Olímpico

As Olimpíadas do Rio já acabaram. Agora estamos tendo o privilégio de ver os atletas, ou melhor, os super heróis das Paralimpíadas dando seu show.

Trata-se do maior evento esportivo do mundo, exige uma preparação muito grande por parte da cidade, dos atletas, além de movimentar fornecedores e um verdadeiro exército em prol da operação do evento.

Os Jogos Rio 2016 são grandes, tanto quanto a humanidade.
Ali competem atletas de todas as mais de 200 nacionalidades, de diferentes biotipos e habilidades, que trazem suas diferentes culturas e histórias, disputando modalidades completamente distintas. É o resumo da pluralidade e capacidade do ser humano.

Por tudo isso e com sua cobertura global, as Olimpíadas geram também uma enorme quantidade de histórias marcantes e aprendizados. Escolho uma delas para compartilhar aqui e, caso já a conheçam, convido à recordação.

Trata-se da história de Mohamed Muktar, conhecido como Mo Farah, na disputa da prova de 10000m no atletismo. Ele nasceu na Somália e tem nacionalidade britânica, destaque em longas distâncias, conquistou duas medalhas de ouro em Londres, além de ser campeão mundial algumas vezes.

Mas essa prova foi diferente, especial. Gostaria de ter tido o privilégio de estar no estádio olímpico do Engenhão para acompanhar isso de perto. No meio da prova, Mo tropeçou, se desequilibrou e caiu na pista, quase sendo pisado por seus concorrentes. Ele estava no grupo que liderava a prova naquele momento, mas após a queda foi para uma das últimas colocações. Então se levantou e foi atrás da melhor colocação que pudesse. Apenas para reforçar, nós estamos falando das Olimpíadas com os melhores atletas do mundo e que qualquer deslize é fatal para a vitória, quanto mais uma queda. Além de perder segundos preciosos, a questão psicológica pesa muito nesse momento também, afinal são anos de preparação.

O fato é que Mo Farah conseguiu um feito praticamente, impossível, foi aumentando seu ritmo até se juntar aos que estava ditando o ritmo da prova e venceu. Isso mesmo, ele ganhou seu quarto ouro olímpico! Obviamente uma chegada muito disputada e uma celebração muito emocionante.

Essa prova nos deixa a lição de que a queda muitas vezes pode ser inevitável, mas o modo como nos levantamos e corremos atrás dos objetivos é que fazem a diferença.

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