O segundo diagnóstico de câncer me pegou e me nocauteou.
Quando consegui recobrar forças e ainda instável me levantava daquele impacto, levei outro golpe duro.
Estava saindo daquela clínica de fertilização, super bem recomendada em pleno Ipanema, aqui no Rio de Janeiro, onde tentei preservar um grande sonho: o de ser mãe.
O atendimento tão comercial e sem protocolos tinha apertado meu coração que já estava comprimido com a notícia de recomeçar as sessões de quimioterapia. Mas além disso, quando passei pela porta de saída e andei pelas ruas junto ao Caio, me senti completamente sozinha. Sozinha com a realidade de não ter tempo, nem dinheiro de conseguir congelar óvulos e guardar esse desejo para mais tarde.
As lagrimas vieram como se estivessem acumuladas. Deslizavam pelo meu rosto redondo, até chegar ao asfalto quente que as evaporava como a vida estava fazendo com meus planos.
Inconsolável, cheguei na esquina da rua principal e vi um refúgio. A Igreja
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