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Tem que ter peito
A retirada das mamas nunca foi um grande mistério na minha cabeça. Nunca me abalou muito. Entendo que é uma parte importante do corpo feminino, mas como já cansei de dizer aqui, a saúde é prioridade para mim. Ainda assim, não posso dizer o mesmo da quimio que, logicamente, enfrentei. Mas me assusta um pouco mais. Pode ser que grande parte dessa “tranquilidade” em fazer a mastectomia radical, se deve a confiança que tenho nos meus médicos. Além do mastologista, tenho um cirurgião plástico que é quase um Da Vinci, um artista. De fato AMEI o resultado. As próteses ficaram naturais e muitas vezes esqueço que aquilo lá dentro é um silicone. O caimento ficou tão bom que parece minha mama mesmo. Contudo, este final de semana vendo Netflix com o Caio, decidimos por ver a Garota Dinamarquesa, sei que muitos já viram, mas não vou dar spoiler. Resumindo, o filme num certo ponto começou a me incomodar um pouco. Me trouxe algumas lembranças e quando terminou tive que LEIA MAIS [...] -
A cirurgia – parte 2
Quase às 17 horas voltava pro quarto ainda "grogue"... abria os olhos e via cada rostinho conhecido que amo, mas logo o sono me vencia. Ao abri-los de novo percebia que todos conversavam, mas o Caio havia colocado uma cadeira bem colada à minha cama e suas mãos agarravam as minhas e não parava de me olhar. Sorri para ele e fazia força para não adormecer novamente, queria olhar pra ele e falar o quanto o amava, mas o efeito da anestesia ainda era muito forte e só conseguia manda beijos para ele como se fosse em câmera lenta. Minha mãe diz que quando olhava para meu marido ela via como se fosse um guardião, não saía perto de mim por nenhum minuto. Reparei que estava enfaixada e levemente dolorida, mas na manhã do dia seguinte veria o resultado, já que o doutor Diogo iria fazer curativos. Antes de dormir naquela noite, recebi a vista do doutor Augusto, fiquei tão feliz quando o vi e agradecida pela dedicação à mim. Ele tinha me operado cedo e não precisava voltar LEIA MAIS [...] -
A cirurgia – parte 1
Quando decidi tirar os dois seios, não sabia que o tumor era maligno, podia muito bem ser um cisto, mas eu já estava certa do que queria. Uma certeza grande dentro de mim se forma e sei que é o certo a fazer, obviamente que isto num momento seguinte foi conversado com o médico e ele apoiou minha decisão. Com o resultado em mãos, mais claro estava para mim que precisava cortar o mal pela raiz. O doutor Diogo Franco, cirurgião plástico, colocaria os implantes e precisava agradecer por estar em ótimas mãos. Na consulta ele me explicou que o implante no seio esquerdo (o saudável), seria simples de fazer, seria retirado o "recheio" e logo colocaria o silicone. O procedimento no seio direito seria diferente, ele já era menor, resultado da cirurgia de 5 anos atrás onde foi tirado o primeiro tumor e metade do seio (foi reconstruído e parecia um seio inteiro, mas não era 😮), sendo assim não haveria pele o suficiente para que ele ficasse do mesmo tamanho do outro. Além disso, LEIA MAIS [...]