• Linda Rojas

    A descoberta – Parte II

    O Doutor Augusto nos recebeu e foi rapidamente explicando todos os detalhes. Ele pegou um pedaço de papel, um lápis e desenhou meu tumor. Explicou em qual parte do seio ele estava e que de alguma forma ele não havia se comportado da maneira esperada, não havia irradiado, segundo os exames, mas de qualquer maneira teria que operar novamente e, possivelmente, tirar a mama toda. Avisou que depois da operação seria submetida a tratamentos e, após a primeira quimioterapia, meu cabelo iria cair todo. Ele era Diretor de mastologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Hospital do Fundão (UFRJ) - no Rio) e então meu tratamento seria feito todo lá. Precisava operar rápido e assim limpar tudo o que o tumor contaminou. Fiz muitos exames e, em uma semana, entrei novamente na sala de cirurgia. O fato de tudo ter ocorrido rápido e o jeito como meu médico agiu, sem rodeios, foi fundamental para mergulharmos de cabeça na solução e não no problema. Quando os problemas LEIA MAIS [...]
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  • Linda Rojas

    A descoberta

    Uma semana depois quando o resultado ficou pronto minha mãe e eu fomos ao consultório. O Caio estava a caminho e enquanto aguardávamos na sala de espera, fiquei olhando alguns quadros coloridos e reparando na textura deles. Observando cada detalhe daquela sala. Haviam orquídeas posicionadas estrategicamente para que conseguíssemos admira-las. Pensei que de algum modo aquela sala era aconchegante... Não sei se pela decoração ou pela secretária do Doutor Jorge que nos observava e, de tão fofa, parecia recém saída de um conto de fadas, uma senhorinha daquelas que dá vontade de abraçar. Assim que o Caio chegou já podíamos entrar. Finalmente avistei meu médico. Seu rosto estava harmonioso e eu serena, muito por não ter parado para pensar no que podia acontecer ali. Sentamos e ele começou a anunciar o resultado da biópsia. Contou que infelizmente aquele era um tumor maligno. Na medida que suas palavras eram ditas, comecei a entrar num “universo paralelo”. A sala parecia LEIA MAIS [...]
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  • Linda Rojas

    De volta à realidade

    Como diria Hemingway "Paris é uma festa" e nossos dias lá não foram diferentes, mas ao voltar o foco era investigar essa "pedrinha". Antes da viagem tinha percebido uma protuberância ao esbarrar a mão no seio direito, enquanto via um programa qualquer na televisão. Fiz imediatamente o autoexame que aliás, fazia sempre, mesmo por curiosidade. Constatei que o caroço havia crescido consideravelmente enquanto estivemos fora, mas me tranquilizou o fato de uma médica de um Posto de Saúde Público me informar que aquilo não devia ser nada que podia ser um fibroadenoma. Apesar disto me recomendou uma ultrassonografia mamária. Lembro que ao fazer o exame o médico imediatamente identificou traços anormais e quando perguntei "e aí doutor, o Senhor vê alguma coisa estranha?" Ele respondeu: “olhe, isso pode não ser nada, como pode ser um câncer! “ Fiz este exame ao lado do Caio, que sempre esteve presente em momentos como este e quando saímos, fiz questão de contar aos LEIA MAIS [...]
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