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Um novo mundo
É preciso sair do seu mundo para que ele mude. Ficou confuso? Vou explicar... Linda e eu estamos do outro lado do planeta, muitos milhares de quilômetros de distância da nossa casa e da nossa realidade. Sim, férias! São ótimas e servem para várias coisas. Quando nós vamos escolher algum destino levamos em consideração alguns aspectos práticos como custo, tempo que teremos disponível, distância, época do ano, mas também o quanto ele vai nos agregar em cultura, novas experiências e aprendizado. Afinal, entendo que nosso mundo é formado por aquilo que vivemos + a forma como o enxergamos, os dois pontos caminham sempre juntos. Portanto, se nossa visão muda, nosso mundo muda junto. E é exatamente isso que acontece (ou que esperamos que aconteça) nesse tipo de viagem. Sair um pouco daquilo que pra nós é comum e descobrir realidades completamente distintas da nossa, é incrível! É verdade que podemos saber tudo pelo Google, mas vivenciar e fazer com que nos toque, LEIA MAIS [...] -
Um sonho do tamanho de um elefante…
Em algum momento parei de sonhar. Com a análise descobri que perto de 2 momentos marcantes de felicidade em minha vida, a vida bruscamente me levou para as 2 situações mais tristes que já vivi. Os cânceres! Na primeira vez, eu ainda namorava o Caio e estávamos dando um grande passo. Íamos à Paris, numa viagem romântica e isso, de alguma forma, nos mostrava o caminho que o nosso relacionamento estava indo. Estava feliz! Lembro da sensação daquela felicidade e de pensar: alguma coisa deve acontecer, pois não é normal estar tão realizada. Dito e feito. Voltei e encarei meu primeiro câncer! Na segunda vez, estava vestida de noiva e provavelmente já existia um caroço ali, entre meus convidados, a música e um dos dias mais felizes da minha vida. Depois de dois meses de casada, descobri a recidiva! Isso quer dizer que sempre que estou muito feliz, acho que algo relacionado a doença pode atropelar o meu sorriso. Inconscientemente me saboto e sempre surge uma gripe, uma LEIA MAIS [...] -
Em prol do outro…
Eu morro de medo de tirar sangue. Basta eu saber que terei que fazer um exame pra já começar a me preparar psicologicamente, o que normalmente não surte muito efeito na hora. A tensão é preliminar e, em 99% das vezes, quando a agulha entra na minha veia, já sinto minha pressão baixar e vou ficando fraco. Pra se ter uma ideia, minha fobia era antes extensiva a olhar outra pessoa tirando sangue também e só de entrar em hospital não me sentia bem. Eu não gosto disso e queria mudar essa parte em mim, mas realmente não sei como fazer e considero que é sempre melhor reconhecer nossas fraquezas do que ignorá-las. Entendi que pela Linda tive que enfrentar meu medo e me acostumar com essas sensações. Fui em todas as sessões de quimioterapia, boa parte das de radioterapia e inúmeras consultas e exames. Pra mim não tinha alternativa, era eu passar por cima disso para acompanha-la ou deixa-la ir sozinha em muitas vezes, o que não considerava uma opção. Isso me fez LEIA MAIS [...]