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O que realmente importa
Minha mãe é uma heroína e com certeza me dá a estrutura para enfrentar qualquer obstáculo. Além da força, mesmo parecendo tão frágil (só parece), ela me dá amor. Amor puro que entra em minha alma e é capaz de me encher de esperança e energia. Falar sobre câncer ainda a deixa muito desconfortável, ao contrário de mim, que saio contando para todo mundo. Ela sempre diz que eu assusto as pessoas e que não percebo que ficam impactadas quando abordo com naturalidade alguns procedimentos que tive que fazer ou alguma história ligada a isso. Falo disso espontaneamente, pois faz parte de mim. Essa é minha história assim como tantas outras que tenho, tristes ou felizes. Sei que parece óbvio classificar esse período da minha vida como triste, mas dentro dele tive tantos momentos felizes, aprendi tantas coisas e na maioria das vezes me senti tão especial. Não! Não gostaria de passar por isso de novo, mas já que passei vamos tirar o bom disto 🙂 Quando expus para LEIA MAIS [...] -
Família
Hoje é dia de frasquinho novo! Caso não tenha entendido a expressão, leia aqui nosso primeiro post. Compartilhar, compartilhar, compartilhar. Um dos filmes que eu e Linda mais gostamos chama-se "Into the Wild" ou "Na Natureza Selvagem", não vou aqui contar como é, até para não estragar caso alguém queira vê-lo. É baseado em uma história real e se tornou bastante conhecido também por uma frase do personagem principal que diz que: "A felicidade só é real quando compartilhada". Aliás, gosto tanto da frase que já a citei em um momento bem marcante da minha vida que será descrito mais pra frente, além de ter um quadro do filme em casa. Sendo algo bom, nos satisfazemos também com a alegria do próximo que torce por nós, deixando aquele momento ainda mais especial. Porém, isso vale a meu ver para a outra face da realidade. Quando temos uma adversidade, dividir com os outros é também diluir o peso e até repensar sobre o fato. Minha família estava ciente e acompanhando LEIA MAIS [...] -
A descoberta – Parte II
O Doutor Augusto nos recebeu e foi rapidamente explicando todos os detalhes. Ele pegou um pedaço de papel, um lápis e desenhou meu tumor. Explicou em qual parte do seio ele estava e que de alguma forma ele não havia se comportado da maneira esperada, não havia irradiado, segundo os exames, mas de qualquer maneira teria que operar novamente e, possivelmente, tirar a mama toda. Avisou que depois da operação seria submetida a tratamentos e, após a primeira quimioterapia, meu cabelo iria cair todo. Ele era Diretor de mastologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Hospital do Fundão (UFRJ) - no Rio) e então meu tratamento seria feito todo lá. Precisava operar rápido e assim limpar tudo o que o tumor contaminou. Fiz muitos exames e, em uma semana, entrei novamente na sala de cirurgia. O fato de tudo ter ocorrido rápido e o jeito como meu médico agiu, sem rodeios, foi fundamental para mergulharmos de cabeça na solução e não no problema. Quando os problemas LEIA MAIS [...]