• Linda Rojas

    Cabelo cresce!

    Quando a gente passa por um tratamento desse tipo, ficamos numa contagem regressiva desde o primeiro dia. Menos uma quimio, menos um dia de enjoo, menos um exame... No final da quimioterapia “branca”, os dias pareciam não passar. Estava ansiosa para finalizar esse ciclo, pois teria um intervalo de mais ou menos um mês, uma espécie de descanso para meu organismo e logo começaria a radioterapia. Ainda que os dias parecessem eternos, uma esperança crescia, junto há alguns fios que já podia notar na minha cabeça. Eles simbolizavam uma vida nova, cada fio, por mais fininho e claro que surgisse era um novo sopro de vida. Assim como eles, nascia também uma nova Linda, com novos sonhos, com novos ideais e com outras características. Tinha um mundo novo nas mãos e estava preparada desta vez. O Caio brincava com minha penugem, que crescia nas laterais da cabeça e na nuca, dizia que eu parecia um filhotinho de avestruz. Achava lindo! Enquanto me analisava no espelho, me perguntava LEIA MAIS [...]
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  • Convidados

    Não culpe a janela pela paisagem por Laís Vargas

    Olá! Meu nome é Laís, trabalho com o Barreto (não consigo chamá-lo de Caio, superem) e conheci a Linda há pouco mais de três anos. Não lembro exatamente quando soube do câncer - se não me engano foi em 2014 - mas recordo o que pensei naquele momento: "ela é especial, o Barreto tem muita sorte", apenas isso. E hoje estou aqui para contar uma experiência difícil que enfrentei. Em 2010 meu melhor amigo faleceu. Aos 24 anos, ele nos deixou vítima de uma doença devastadora como o câncer: AIDS. Foi um dos momentos mais difíceis da minha vida. Não conseguia trabalhar bem, atrasei boa parte da minha monografia e fiquei meses sem dormir 8h por dia. Até hoje me pego chorando embaixo do chuveiro sentindo sua falta (e o mesmo acontece enquanto escrevo esse texto). Segundo a Organização Mundial da Saúde, existem 40 milhões de pessoas infectadas com o vírus HIV e, ao contrário do câncer, a AIDS não tem cura. E essa não é a única diferença entre as duas doenças. Minha LEIA MAIS [...]
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  • Linda Rojas

    Como lidar com a quimio branca?

    Durante as 3 doses de quimio vermelhas, que foram angustiantes, ansiava pela chegada das brancas. Imaginava que seria um alívio parar de sentir aquele enjoo que se apegava em meu organismo e não me deixava em paz. Pelo menos, os sintomas seriam outros, diziam que eram dores pelo corpo que se assemelhavam aos sintomas de dengue. Tudo parecia melhor àquela sequência de vômitos. Já contei pra vocês aqui que tive um susto quando chegou a vez de mudar de quimioterapia, o hospital estava com as "brancas" em falta e haviam muitos prontuários na espera. Mais uma vez fui ajudada pelo universo e no meu caso específico eu podia contar com outra opção, mas agora ao invés de 3 doses de 21 em 21 dias, faria 12 doses semanais. Como vocês sabem reclamei muito no início. Fiquei decepcionada! Minha veia ficaria dolorida demais e só de pensar em ir toda semana fazer o procedimento já me deixava triste. Fui tola e prontamente me reergui, entendi logo a sorte que tinha tido e agradeci pelo LEIA MAIS [...]
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