A minha cura…
Hoje estou curada e vocês sabem disso. O que não é uma garantia de nada, muito embora eu quisesse que baixasse algum ser de luz e me desse o selo eterno de uma vida longe da doença que mais me fez sofrer nessa vida.
Mesmo com medo, e sem o tal selo que ateste que a doença jamais voltará, preciso comemorar todos os dias o fato de que agora (e espero que para sempre) não tenho mais câncer, ou o fato de estar em remissão.
Apesar das mais diversas realidades, sejam elas quais forem e independente de doença ou não, nós procuramos celebrar nossas conquistas, que são subjetivas, moldadas a cada situação e a cada indivíduo.
Cabe a cada um dar o valor necessário para aquilo que considera motivo para levantar os braços e dar um soco no ar. Cabe a cada um encontrar vitórias dentro de seus dias e procurar reconhecê-las. Sei que num momento de caos é difícil desmembrar as coisas ruins das coisas boas, mas é um exercício que precisa ser praticado. Se não vira tudo uma coisa só e a vida fica mais triste.
“Reconhecer e agradecer as bênçãos que nos são dadas” é uma oração que o Caio sempre faz e não há melhores palavras para exemplificar o que quero dizer aqui.
Contudo às vezes, pode acontecer, de que apesar de reconhecer e querer agradecer a sua graça, você se sinta como pedindo desculpas por recebê-la. Pois entende que a graça não foi igual para todos.
Mas se pararmos de tentar padronizar a graça, vamos compreender que as vitórias acontecem de formas diferentes pra cada um. E TODOS devem e podem comemorar as suas em alto e bom som.
Abracem as suas vitórias, valorizem o que a vida lhes manda, façam do limão uma limonada gostosa e soltem um “Ahhhhhhhh”, depois de bebê-la.
Respeitem as conquistas dos outros e lembrem-se que não estamos numa olimpíada de sofrimentos. Cada um tem o seu, mas o mais importante: juntos, podemos dar ênfase e relevância para TUDO DE BOM que há no ato de viver!
A felicidade só é plena quando compartilhada…