Linda Rojas,  Uncategorized

Voltar para casa

Já voltei algumas vezes pra casa, em vários momentos e por diversas circunstâncias. Desta vez, voltei de uma viagem que fiz com uma amiga. Fomos pra Salvador, Chapada Diamantina e Morro de São Paulo. Foi incrível e, claro, o contato com tanta natureza nos reenergiza de uma maneira sem igual.

 

 

Acontece que por mais maravilhosa que seja sua ausência da rotina, quando você precisa voltar a ela, se dá conta que ela é bonitinha, que é fofinha e tem vontade de abraça-la de novo. Desta vez foi assim. Voltei para os braços de tudo isso que forma o meu dia a dia e estou feliz. Feliz por poder ver minha vida de fora.

Geralmente isso acontece quando a gente viaja, e voltar pra colocar algumas coisas no lugar. Por conta disso, na maioria das vezes acontecem mudanças.

A perspectiva viciada do nosso mundinho, ganha uma macro visão ao sair do centro dele e ao voltar nos damos conta de muita coisa. E isso é sempre muito positivo.

Apesar de também ter vivido essa volta pra casa não por estar longe de férias, mas por imposições da vida. Como quando precisei passar por cirurgias e ficar internada, a saudade de casa é muito maior e o efeito de “ver sua vida de fora” acaba sendo muito mais intenso.

O que quero dizer aqui é que tenho passado, inevitavelmente, por constantes momentos de descobertas e chances de acertar o meu jogo nesse tabuleiro. Sou sortuda por olhar para isso como uma coisa excepcionalmente boa.

Estou voltando pra casa como uma vontade imensa de arrumar algumas peças soltas que percebi na minha vida olhada de cima. Confesso que apesar de achar bom nem sempre você tem um sentimento leve com relação a isso, ao contrário, dá até um pesinho, uma angustiazinha no peito, um incômodo chamado MEDO.

 

 

Por instinto o medo chega rapidinho, como se tivesse um fofoqueiro de plantão que soprasse aos seus ouvidos a sua vontade de sair da zona de conforto.

O lance aí é ir com tudo e aproveitar essa coragem que passar por um câncer nos deu (no meu caso DOIS) e ir de encontro à nova fase. Seja ela pequena ou grande, pois o fundamental é mover as peças. Só o movimento gera desenvolvimento.

Só a procura gera descobertas e só alcançamos esses novos ciclos saindo dos antigos e, meus amores, só nós mesmos podemos mexer em tudo isso.

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