Justiceira, eu?
Sempre que pergunto ao Caio o que ele mais gosta em mim a resposta é a mesma há 10 anos: seu senso de justiça!
Às vezes esse senso me incomoda um pouco, porque acabo carregando algumas indignações, junto à sensação de não ter o controle de tudo.
Ou seja, quando vejo algo injusto e não posso fazer nada, aquilo fica como um bichinho me incomodando aqui dentro. Porém, tenho aprendido que nem tudo é como eu gostaria que fosse.
Foi essa um pouco da sensação de descobrir o segundo câncer. Achava injusto e não podia fazer nada. Depois fui assimilando e entendendo, mas a verdade é que no calor do momento, me vi vivendo uma injustiça.
Aprendi a entender que quem sou eu para analisar se algo desse tipo é injusto ou não? Ou se realmente se trata disso. A resposta pode ser outra, a questão pode ser outra.
Hoje sinto a necessidade de falar, de consertar, de redirecionar e faço isso dentro da minha própria vida porque tenho certeza que apesar desse senso apurado, cometo muitas falhas e inclusive injustiças. Começo por mim e nisso muitas vezes me cobro demais.
Afinal não sei se isso se trata mais de um defeito ou uma habilidade. É uma responsabilidade que peguei pra mim, sabe se lá quando, que muitas vezes não me pertence.
As pessoas sabem se defender ou precisam aprender a fazê-lo e outras precisam aprender com seus erros. Isso é natural, faz parte da grande filosofia que é viver.
E eu, preciso mudar a resposta do Caio nos próximos anos. Ou não?! 🤔