#quero dica – quem eu sigo que me inspira!?

Quando precisamos de ajuda, geralmente procuramos alguma referência que tenha enfrentado algum problema parecido e logo tiramos tudo de bom que podemos dali e isso nos fortalece.

Há 6 anos, quando passei pelo primeiro câncer de mama, busquei na internet alguns textos que me auxiliassem nesse desafio. Encontrei apenas um blog, que me identificava em partes, mas era o que tinha na época. Os tempos mudaram e mudaram muito rápido, assim como tudo que é digital.

As redes sociais tem um poder que jamais alcançaríamos fisicamente, o de conectar. Essa conexão acontece por sinergia, por linhas de pensamento, por carisma e quando identificamos alguns dessa fatores em alguém… damos follow!!

O melhor de toda essa evolução e sua velocidade é que está acontecendo cada vez de forma mais realista. Antes, tudo era lindo, perfeito e isso nos frustava. Hoje vemos a maioria das pessoas como elas são.

Antes quem passava por uma doença ou qualquer outra situação que não fosse considerada positiva, não tinha liberdade de expôr aquilo. Até porque era um mix felicidade demais e alegria demais, postada nas mídias o tempo todo, o que nos deixava cada vez mais fechados nos nossos próprios mundos imperfeitos e se reconhecer naquela utopia ficava cada vez mais difícil, mais distante.

Quando tiramos este projeto do papel, foi pensando justamente nisso. Queremos falar sobre os mais diversos assuntos, inclusive o câncer, sem tabus, esmiuçando cada detalhe, relatando as nossas dores, aprendizados e, enfim, o que tiramos de bom de tudo isso.

É assim na vida real, não é mesmo!? Nada mais justo do que passar a verdade. Se mostrar de cara lavada, careca, triste, feliz e assim fazer com que o outro reconheça um pouco de si próprio em você. Aí ele percebe que não está sozinho, que não é só ele que passa por aquilo. Que existe o mesmo sentimento em alguma outra pessoa, seja qual for essa emoção ou característica.

O acesso à informação fica cada vez mais transparente e sou mais feliz sabendo que, também, posso encontrar apoio assim, numa zapeada no Insta ou dando um Google.

Foi dessa forma que encontrei muitos de vocês, mulheres e homens com os quais me identifico e me inspiro. E já que estamos numa era de compartilhamento, vou dividir com vocês alguns desses perfis que de alguma forma me fazem sentir confortável, ajudada e motivada a seguir o meu caminho. O da vida!!

@shantal é famosa, mas super pé no chão. Fala sem rodeios sobre TUDO. Aparece desarrumada, não gosta muito de maquiagem e expõe a realidade imperfeita da vida que muitos se empenham em esconder. Ela teve, há tempos atrás, uma gravidez ectópica que não seguiu adiante e contou cada detalhe, mesmo estando no hospital. Já tudo passou e hoje está à espera do Filippo, seu filhinho com o Mateus Verdelho.

@janaoki morava no Japão e teve câncer também. Lá, do outro lado do mundo, longe dos familiares e com um filho pequeno. Foi um dos instas que mais acompanhei na minha fase 2.0. Hoje vive no Brasil e está cada dia mais linda.

@drfelipperossi é um dentista e oferece todo seu coração e profissionalismo para a ONG @por1sorriso. Faz trabalho voluntário em vários países da África, trazendo sorrisos renovados para quem precisa. Adoro o seu espírito evoluído e benevolente. É uma grande inspiração para nós.

@jkconcurseira – Recebi um direct da Ju durante minha lua e de mel e me lembro até hj de trocar mensagens com ela enquanto almoçava em Lima. Tinha recebido o diagnóstico de câncer há pouco tempo e queria falar com alguém jovem, assim como ela, que já tivesse tido. Mal sabíamos que em pouco tempo eu teria recidiva e seríamos a força uma da outra.
Nos conhecemos pessoalmente e nos tornamos amigas. Ela tem um sonho e não parou de correr atrás dele nem durante o tratamento. Que foco! Que inspiração!

Espero que vocês gostem dessas indicações, mais do que isso, que vocês se identifiquem. Que delícia saber que não estamos sozinhos e que somos uma grande rede de amor ❤

Obs: lembrem de tirar tudo de bom que puderem desses “exemplos”, mas com muita responsabilidade em entender que somos seres humanos diferentes.

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