-
Abrindo Caminhos
Uma viagem sempre é bem vinda, ela já começa com os planos e sonhos que se formam antes. Adoro separar as roupas, pesquisar os lugares do local de destino e fazer aquela contagem regressiva. A expectativa e aquele friozinho na barriga já fazem parte desse sentimento lindo e renovador que um novo roteiro traz. Desta vez, além disso tudo, iríamos para o Chile, minha segunda pátria. Lugar onde morei e estudei tanto tempo, onde reune a maior parte dos meus familiares e aqueles costumes que aprendi desde pequena e mantenho até hoje. O anseio de voar pra lá era diferente pois no fundo, depois de tudo, meu ser precisava daquele país que me acolheria como um pai. Sentia saudades do frio misturado com o cheiro de pão quentinho das padarias, do chá da tarde com a família e o famoso “pan com palta”, sentir o ar gelado na rua e aquele aconchego quente quando entramos num lugar fechado. Tudo somado a encontrar meus primos, tios e amigos. Foi tudo como imaginei e mais... Fomos LEIA MAIS [...] -
Sobre dor!
Terapia era algo que sempre ouvia falar, mas nunca sequer me interessei. Um grande psiquiatra amigo da família me explicou o quanto seria bom conversar com alguém, com um profissional e me indicou uma psicanalista e estou indo nela até hoje. Desta vez, quando fiquei doente, sofri demais. Acho importante enfatizar isto, pois apesar de já ter falado nisso diversas vezes, acho que ainda fica uma impressão de que passei por tudo “numa boa”. Eu sofri como nunca sofri antes, doeu como nunca nada na minha vida tinha feito doer. Fiquei de mãos atadas tendo que enfrentar meu pior pesadelo e o pior de tudo foi saber o que eu teria que enfrentar, já que tinha enfrentado aquilo antes. Chorei quando senti meu corpo sofrendo os efeitos colaterais da quimio, chorei no chuveiro enquanto sentia meus cabelos escorrendo pelo meu corpo nu e quando saía enrolada na toalha e pensava que as lágrimas tinham acabado, mas logo olhava no espelho e identificava as marcas da doença, os cílios LEIA MAIS [...] -
Quem disse que é fácil?
Oi, meus amores! Hoje é o quarto dia pós quimio e como os médicos haviam adiantado os sintomas realmente estão mais brandos. Não digo que é fácil, pois por menor que seja a reação o processo é cansativo e, num mundo ideal você nem precisaria estar passando por isso, não é mesmo!? Claro que quero meu corpo 100% de novo e sei que falta pouco, mas é importante dizer a todos vocês que não precisamos ser 100% fortes e motivados o tempo todo. O limite "saudável" disto, nós mesmos precisamos ir administrando, ou seja, se na maior parte do tempo ficamos tristes, chateados, deprimidos, temos que pedir ajuda e acreditem... elas existem de várias formas. Sempre tem uma mão para segurar na nossa, seja a de um familiar, de um amigo, um terapeuta, de um guia religioso ou às vezes do próprio médico. Comigo acontece ao contrário, na maior parte do tempo fico bem e isto é inerente a mim, acontece naturalmente, não me forço, por isso nas raras vezes que fico mais "irritada", LEIA MAIS [...]