Linda Rojas

Bem ou mal…

Algumas lágrimas rolaram no dia que escrevi o post anterior. Fiquei o dia todo sensível e pensativa. Confesso que até mesmo quando falo da Fran nas palestras, às vezes sinto um “nózinho” na minha garganta.

Ainda assim para mim é importante contar essa história atrelada a minha. Além de cada vez em que falo, me curar mais das lembranças, pois acredito muito na cura pela fala, é preciso analisar alguns fatores.

Primeiro: entender que mesmo já passando por uma situação complicada como ter um câncer, não estamos ilesos de outros acontecimentos externos que poderiam nos deixar ainda mais abalados, ou seja, temos que estar fortes não somente para enfrentar a doença e sim para a vida.

Cartaz que eu e minha mãe fizemos para a Fran
Cartaz que eu e minha mãe fizemos para a Fran

Tudo vai depender de como encaramos os acontecimentos, eu decidi usar a minha dor, minha raiva e até tristeza, contra a doença, pois ela era minha inimiga. Poderia ter optado por não acreditar mais no tratamento, por ser consumida pela dor e me revoltar contra tudo, mas desde o início eu tinha identificado meu alvo. Tinha que lutar contra o câncer, não contra a vida!

Segundo: perceber a vitória não somente na versão “super-herói” onde tudo dá certo no final, mas compreender que pode vencer de outras maneiras. A Letícia, irmã da Fran, por exemplo é, uma pessoa que eu admiro muito. Forte, corajosa, firme, boa e sábia. Esteve ali, dando estrutura para sua irmã e sua família até o último momento (e sei que continua).

A própria Fran que encarou esse período dignamente, passando por todos os procedimentos e lutando até o fim. Não sei como acontece de fato, mas acredito que os anjos chegaram e sussurraram em seu ouvido que o momento tinha chegado, que ela conseguiria se livrar das dores, da enfermidade e finalmente estaria num lugar de paz.

As duas, assim como muitos familiares e amigos enfrentaram não somente o câncer de mama, que na verdade era o menor dos problemas que a Fran tinha, pois foram descobertos outros tumores mais agressivos.

O que quero ressaltar aqui é que sempre vão existir momentos bons e ruins e, muitas das vezes, eles vão se misturar em sua trajetória e até confundi-lo. Precisamos decidir em que queremos nos “apegar” e assim “desembolá-los” e agarrar com força, com muita força o seu escolhido. Eu continuo aqui, concentrada nas coisas boas, tentando evoluir com os aprendizados e seguindo com a minha missão de espalhar essa mensagem.

Você sempre tem a escolha do que se apegsr
Você sempre tem a escolha do que se apegar

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