• Linda Rojas

    Amizade

    Quando cheguei ao Rio há uns 15 anos, demorei um pouco para fazer amigos. Estava voltando do Chile e considerava que lá a amizade tinha mais valor e acabava não confiando muito em ninguém por aqui. Colegas eu tinha uns tantos e, de fato, nunca estava desacompanhada, mas sabia que aquilo não era ainda o que eu estava esperando para chamar alguém de "amigo". Quando passamos por situações limites é um bom momento para perceber quem estará ali do seu lado e apoiará independente de tudo. Tenho carinho, consideração e amor por um bocado de gente que sei que me quer bem, mas depois que tive câncer confesso que alguns sumiram, ou pessoas que pensei que iriam se aproximar, não o fizeram. Sempre imagino aquele tumor como algo que remetem "coisas" amarradas em minha rotina e sinto que quando o retiraram houve também uma limpeza em vários aspectos de minha vida. Sobre a amizade a mesma coisa, ficaram os poucos e bons. Sabe aquelas obrigações que o mundo te coloca? Tais como: LEIA MAIS [...]
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  • Convidados

    Força by Renata Lima

    O resultado da biópsia da Linda sairia na sexta-feira, mas foi adiado para a segunda. Então, passado aquele final de semana, aguardei o dia todo por uma ligação dela. A noite foi chegando e a ausência de contato me preocupava. O telefone tocou e no visor apareceu seu nome. Senti uma palpitação muito forte, pois já imaginava o que ela iria me contar. Estava fragilizada, com a voz trêmula e chorava muito. Meu coração mais uma vez disparou e, ao mesmo tempo, se partiu. Fiquei triste, porém confiante. Pedi que chorasse o que tivesse que chorar naquela noite, mas que a partir do dia seguinte, tentasse manter-se calma, confiante e disposta a vencer a doença. Acreditava na cura dela! Então, na mesma semana, como vocês sabem, a Linda já conseguiu agilizar tudo e marcar os primeiros procedimentos. Lembro como se fosse hoje. Era uma terça-feira e tinha a difícil missão de comunicar à equipe e ao RH. Todas ficaram bastante chocadas com aquele resultado em uma pessoa LEIA MAIS [...]
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  • Linda Rojas

    Contando no trabalho…

    Tenho alguns momentos marcados e muitas vezes os revivo em minha mente como se eles fizessem questão de não ser esquecidos. Para quem descobre a doença uma das partes mais difíceis é contar para os outros. Procurava sempre fazê-lo pessoalmente, pois queria que me vissem "bem" e assim imaginava que o susto seria menor. Infelizmente não consegui fazer dessa maneira com todos e alguns acabaram tendo a notícia por telefone. Conseguia perceber o choque só de ouvir suas vozes ou às vezes no próprio silêncio que se criava. Elas precisavam de um tempo para assimilar a notícia, pois eram pegas desprevenidas. Além de conhecidos, amigos e familiares, a notícia precisava ser anunciada no meu trabalho. Estava há cerca de um ano na empresa e, claro, estavam cientes que algo estava acontecendo, pois desde quando o Doutor Jorge nos deu o diagnóstico, se cumpriam 15 dias que eu já estava com atestado médico, pois tinha passado pela primeira cirurgia (lembram? veja aqui). No LEIA MAIS [...]
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